terça-feira, 12 de maio de 2009

Escola-AEC tornaram-se obrigatórias

Com a flexibilização de horários, AEC tornaram-se, na prática, obrigatórias. Actividades lectivas são, por vezes, relegadas para segundo plano.

Muitas escolas do primeiro ciclo começaram este ano a intercalar as Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC)com as lectivas. Os pais afirmam que está posta em causa a sua liberdade de escolha e que na prática as AEC estão a tornar-se obrigatórias.

(O QUE EU CONCORDO SEM DUVIDA!)

Na Escola Básica do 1º ciclo nº1 de Algés, por exemplo, a ficha de inscrição das Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC), que não são obrigatórias, advertia que não podia ser garantido o acompanhamento e a segurança das crianças que não frequentem estas actividades por opção dos pais, não deixando alternativa aos encarregados de educação.

«De facto, informámos da quase obrigatoriedade porque não podíamos assegurar a permanência das crianças que não frequentam as AEC no recinto escolar. Não dispomos de meios para assegurar o seu acompanhamento», afirmou Fátima Rodrigues, presidente do Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas de Miraflores, em declarações à Lusa.

Confrontada com a situação, a Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC) sublinha que «as escolas devem garantir o acompanhamento das crianças cujos pais optaram pela não inscrição nessas actividades».

«Quando não tiverem meios para o fazer devem comunicar às direcções regionais de educação para o problema ser resolvido», afirmou Joana Brocardo, responsável pela DGIDC.

(E A " BOLA"SALTA ASSIM DE MÃO EM MÃO!)

Naquele estabelecimento de ensino, uma criança do 2º ano, por exemplo, entra à sexta-feira às 9:00 e depois tem enriquecimento curricular das 11:00 às 12:30. Almoça e segue com os tempos lectivos até às 17:30.

Para os pais das crianças está desde logo posta em causa a frequência facultativa: «Não nos dão hipótese de escolha. Na prática é obrigatório».

«É impossível para um pai ir buscar os filhos e passado hora e meia voltar a ir lá pô-los», afirmou Ana Cristina Correia, mãe de duas meninas de sete e oito anos. Além disso, diz que as filhas saem prejudicadas porque quando chegam ao Atelier de Tempos Livres, pouco depois das 17:00, já não se fazem trabalhos de casa.

«No ano passado, o ATL ia buscá-las às 15:30. Agora chegam muito mais cansadas a casa porque, depois do ATL e da ginástica, ainda têm de fazer os trabalhos de casa, nos dias em que não houve apoio ao estudo», lamenta a mãe.

«Preferia o modelo do ano passado, porque podia optar pela frequência», acrescentou.

Outro pai contactado pela Lusa acusa a escola de «pressionar» os encarregados de educação e de «tornar obrigatório o que não era» pela forma como os horários foram organizados. Uma responsável da associação de pais acrescentou à Lusa que há queixas de alguns encarregados de educação, sobretudo por os filhos «já não conseguirem frequentar» outras actividades fora do estabelecimento de ensino.

A presidente do Conselho Executivo sublinha que a flexibilização de horários é permitida pelo Ministério da Educação e que este ano as AEC estão a funcionar «muito melhor», até porque os professores faltam menos.

«Este ano, os monitores têm horários mais completos, de cerca de 18 a 20 horas. Ganham mais, têm mais relação com a escola e acompanham melhor os alunos. No ano passado, tínhamos 14 professores nas AEC com horários de oito horas semanais. A maioria dos pais está satisfeita porque há mais estabilidade», garante Fátima Rodrigues.

No entanto, a responsável defende que as áreas curriculares deveriam ser todas leccionadas durante o período da manhã, sendo reservado para o período da tarde o enriquecimento curricular.

«As crianças têm muito maior capacidade de aprendizagem durante o período da manhã. Os alunos do 1º e 2º anos são muito pequeninos e muitas vezes é um pouco violento para eles um horário tão prolongado, em que as actividades lectivas só terminam às 17:00», acrescentou.

Segundo a Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE), existem «imensas escolas um pouco por todo o país» que este ano optaram pelo horário intercalado, «relegando muitas vezes para segundo plano as actividades lectivas».

«Está sobretudo relacionado com os horários dos professores, mas é um forma de tornar a frequência obrigatória. Os pais deixam de ter o direito de opção», afirma Maria José Viseu, sublinhando que assim fica «garantido» o financiamento máximo: 262,5 euros no caso de ser ministrado inglês, música e actividade física.

«A segunda parte das actividades lectivas acaba por surgir quando os alunos já não estão com tanta apetência para as aprendizagens», critica a porta-voz da CNIPE.

Já a Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) reconhece que as escolas «não garantem a guarda dos alunos se os pais não quiserem que eles frequentem» as AEC.

«Temos tido algumas queixas individuais e os pais têm razão porque a frequência é de facto facultativa», afirma Albino Almeida, acrescentando que os estabelecimentos de ensino «devem proporcionar outra actividade» no caso das crianças cujos pais insistam na não frequência.

EU:REALMENTE TENHO O EXEMPLO DESTE ANO E DOS QUE ME RECORDO...MAS COMO SOU BENEFICIÁRIA DESSES EXTRA-CURRICULARES...DEIXAM MUITO A DESEJAR...
Agência Lusa
Fonte:http://www.mae.iol.pt/artigo.php?id=1004049&div_id=3661

1 comentário:

Dois Rebentos (de Soja) disse...

Olá, relativamente ao comentário que deixaste no nosso cantinho, o caso do Rafa ter se aleijado com a esperguiçadeira, acho que fazes bem em comprar porque eles passam lá muito tempo, a brincar a descansar e a nós é um bom apoio em vez de andarmos sempre com eles ao colo. O facto deveu-se a esta esperguiçadeira do infantário não ser muito funda, e o moço fez mesmo muita força para chegar`ao brinquedo, a esperguiçadeira ficou presa no tapete e daí juntamente com a força dele se ter virado. Se ele não tivesse o cinto ainda teria sido pior porque teria mesmo caido de cabeça. A nossa esperguiçadeira de casa é mais funda e está sempre na posição de deitado que é para não haver hipótese de virar, e agora tenho-a encostada de frente à mesa de apoio da sala, portanto por muita força que faça não vira mesmo. Mas sabes que depende das crianças, a Julia nunca foi assim tão reguila. :)
Bjs
Carmen