quinta-feira, 14 de maio de 2009

Quando devo ir para o hospital?


Ora aqui está um assunto que eu gosto particularmente...
Pois como vocês sabem gostava de saber como é passar por trabalho de parto!
Ando a torcer que aqui o Rodrigo me ajude,e surpreenda as estatísticas ..de que depois de 2 cesarianas o + provável será uma terceira!
Como não tenho aulas de ppp,vou me informando convosco :D,das vossas vivências e em alguns sites como este:

O trabalho de parto não se inicia, normalmente, de forma repentina. Há um período que se chama «fase latente» em que as contracções podem estar regulares e depois parar, depois voltam de novo e parece que a dilatação já está em marcha. É nesta fase que muitas mulheres decidem ir para o hospital, sem saber que teriam todas as vantagens em esperar mais um pouco.

Esta questão é muito importante, pois chegar demasiado cedo tem riscos, tendo em conta o modelo de assistência ao parto dos hospitais portugueses. Ou seja, se está provado que a liberdade de movimentos, as posições verticais e a tranquilidade são muito importantes para que a dilatação se faça naturalmente e o trabalho de parto progrida, está bom de ver que ficar deitada numa cama quando ainda se está no início do processo não é favorável e pode ter como consequência que a dilatação páre.

Inicia-se assim uma sequência de intervenções que não seriam necessárias se a grávida tivesse chegado ao hospital já mais perto da fase da expulsão. Hoje ouve-se mais do que nunca mulheres dizerem «não fazia dilatação», «a dilatação parou, por isso teve de fazer-se uma cesariana.»

Chegar demasiado cedo leva a mais intervenções

A enfermeira parteira Lúcia Leite afirma que muitas das questões que hoje se põem sobre a humanização do parto e as intervenções médicas desnecessárias devem-se ao facto de «as mulheres chegarem aos hospitais em estádios muitos precoces do trabalho de parto. Há 15 anos isto não se discutia, porque as mulheres estavam em casa, deambulavam, comiam, tomavam um chuveiro e não iam a correr para o hospital assim que sentiam uma contracção. Estavam preparadas para o facto de o parto ser um processo demorado. Quando chegavam ao hospital estavam em trabalho de parto activo».

Segundo esta especialista, as mulheres hoje estão menos preparadas e têm menos acompanhamento, pelo que correm para o hospital ao primeiro sinal. «Claro que isto leva a muitos procedimentos desnecessários», afirma: «Temos tendência a acelerar aquele processo porque há outras grávidas que vão chegar. Internamos em fases muito precoces, aceleramos com ocitocina artificial que dá origem a dores mais fortes, por isso depois damos epidural. Se damos epidural, temos de recorrer à monitorização contínua e é um crescendo que acaba muitas vezes em partos instrumentalizados e cesarianas que poderiam ter sido evitados.»

Chega-se, portanto, demasiado cedo, há muita ansiedade e pouca preparação. Por vezes, as contracções que estavam regulares e bem ritmadas param assim que se entra na porta do hospital. Mas nenhuma grávida quer chegar demasiado tarde. Como saber qual a altura ideal? As mães de primeiro filho são as que mais dúvidas têm. Também são aquelas que têm, em média, o trabalho de parto mais demorado. Mas, apesar disso, são as que chegam mais cedo ao hospital, devido à ansiedade e à falta de experiência.


Cenários que devem fazer sair de casa

O momento de sair para o hospital depende de muitos factores. Inclusive da distância a que se está. Se não tem a quem telefonar, converse com o seu médico no final da gravidez, para conhecer quais os sinais a que deve estar atenta e qual o cenário que a deve fazer sair de casa. Lembre-se que um parto é um processo natural, o seu corpo está preparado para passar por ele e dirá o que fazer em cada fase. Com a ajuda da doula Catarina Pardal, que já acompanhou muitas grávidas em trabalho de parto, deixamos-lhe alguns conselhos, para que esteja tranquila e decida sem precipitações:



As contracções são o principal sinal de trabalho de parto e dizem-nos em que fase este se encontra. Se houver contracções bem intensas, dolorosas e regulares a cada três ou quatro minutos; se estas contracções tiverem uma duração superior a 30 segundos; se a sua intensidade tem vindo a aumentar progressivamente ao longo do tempo; se não diminuem de intensidade nem deixam de ser regulares, faça a grávida o que fizer (mudar de posição, comer, deitar-se, andar), então provavelmente o trabalho de parto está numa fase activa, está bem estabelecido e é hora de pensar em ir para o hospital.
Se são contracções mais espaçadas e se não são regulares, deixe-se ficar por casa. Tome um duche quente, baixe as luzes, tente concentrar-se no seu corpo, converse com o seu bebé, fale pouco com quem estiver consigo. O trabalho de parto só terá início se estiver preparada para receber o seu bebé, se estiver tranquila e confiante.


Se não é o primeiro filho, o trabalho de parto tem tendência a ser mais rápido. Não adie muito a partida.


Se estiver muito ansiosa e preocupada porque o hospital é longe, ou porque não tem ninguém que a acompanhe em casa e lhe diga que ainda vai demorar mas está tudo bem, então mais vale ir calmamente para o hospital e, em vez de entrar logo, caminhar num sítio agradável que haja nas imediações. Espere até ter a certeza de que está em fase activa, com contracções mais fortes e regulares.


Se houver ruptura da bolsa, ou seja se as «águas rebentarem», havendo perda de líquido, é importante anotar a que horas começou essa perda e se foi total, ou seja se saiu uma grande quantidade de líquido de repente, ou se tem havido pequenas perdas. É importante também reparar no aspecto e cheiro do líquido - para informar a equipa médica se era incolor, ensanguentado ou esverdeado, se tinha um cheiro desagradável ou se era inodoro.
O facto de as águas rebentarem não quer dizer que o trabalho de parto tenha começado. Se não houver contracções, ainda não há dilatação, mas é um sinal de que está para breve. A maior parte das mulheres entra espontaneamente em trabalho de parto passadas algumas horas.

A Organização Mundial de saúde (OMS) só recomenda a indução 48 horas após a ruptura da bolsa. Mas nos hospitais portugueses, a indução é feita imediatamente após a chegada da grávida ao hospital, mesmo que não haja contracções. O risco de infecção aumentado é a justificação para se induzir logo o parto, apesar das recomendações da OMS no sentido de esperar que o trabalho de parto se inicie espontaneamente.


Se já teve um ou mais filhos e teve anteriormente um trabalho de parto rápido, então dirija-se ao hospital aos primeiros sinais.
Fonte:http://www.mae.iol.pt/artigo.php?id=1063349&div_id=3628

Já é uma ajuda não acham?

7 comentários:

Veruska disse...

Devo-te dizer tens cá um barrigona..... Meus Deus!! :) Mas tas lindaa
O meu trabalho de parto nao foi propriamente rapido.. durou 22 horas. E fui para o Hospital logo que começei com dores fortes! Tb estava previsto ir ao hospital nesse dia por isso correu bem!

Já falta pouco amiga!! Aproveita agora para descansar

Co(S)mic Gal disse...

Olha foi uma ajuda..eu como tenho a data marcada( OHHHHHHHHHHHH DEUS que ainda vai ser pior ) lolol só me preocupo com os sintomas se for antes...e ja estou devidamente informada que tu trataste de me por a par :)))
Tens uma barrigota taooooo linda!!! PArabens
Muitas Beijocas

© | TéTé £ XαVιєR | disse...

Como te entendo! Também adorava ter passado por um trabalho de parto normal mas este meu filho é muito malandreco e nem com parto induzido ele nasceu :o(
O ideal é não criar muitas expectativas senão é pior :o/
Bom fim-de-semana.
Beijos
Tété & Xavier

Angel disse...

Oi,

Olha o meu parto foi muito longo, estive em casa durante toda a madrugada e parte da noite já com as contracções, pela manhã liguei à minha médica e contei que já tinha entrado em trabalho de parto e ela disse que se ainda estavam irregulares que devia demorar mas o melhor era ser vista. Ao fim de almoço lá fui mas mandaram-me para casa, contracções irregulares e 1 dedo de dilatação.
Andei pela casa, as contracções às vezes deixavam-me louca. Durante a noite a coisa começou a apertar, reduziu o tempo até que começaram a ficar de 10 em 10 minutos e cada vez menos. Altura de um banho rápido e lá fomos nós, às 7h da manhã dei entrada já com 4 dedos e fui direita para o bloco de partos onde fiquei até às 14h altura que tinha a dilatação completa mas o meu filho resolveu não sair da maneira natural... acabou numa cesariana de emergência.

Bjs

Sandra disse...

Tb eu não passei por um trabalho de parto normal!
Foi induzido às 41 Semanas, mas nao fiz dilatação nenhuma então fui para a "faca"!

Ele nasceu bem o que foi o mais importante!

vai correr td bem vais ver!

Kisses

sandra.am.silva disse...

:)
Olha Carmo, eu tive um parto normal!
O Afonso nasceu às 38 semanas.
E o trabalho de parto começou pela saída do rolhão mucoso, devido a um eforço que fiz ao tirar de um armário umas telas que eu andava a pintar (durante a gravidez tive uma fase muito artistica)...
Como a minha gravidez foi cheia de sobressaltos, apesar de saber o que aquilo era, achei por bem ligar para a minha GO, e ela pediu para eu passar na clinica para ela ver.
Na clinica, fizeram-me um ctg enorme, mas a máquina deveria estar com problemas e não registou contracção nenhuma...
Por não registar contracções fizeram-me estar à espera 5 horas e só depois é que a GO me chamou para me ver.
Quando me deitei na marqueza e ela me fez o toque, disse logo que eu tinha que ir rápido para o hospital, porque já estava com 4 para 5 dedos de dilatação...
Eu cheguei ao hospital sem dores nenhumas e sem contracções...
Depois de me despir e fazer os clisters, voltaram a fazer-me um novo toque (este bastante doloroso) e rebentaram-me as águas... e aqui começaram as dores (meu Deus, se eu algum dia pensei que seria assim)...
Desde a hora em que eu cheguei ao hospital e a hora em que o meu filho nasceu passaram 2H30... foi extremamente rápido, mas foi muitissimo doloroso...

Beijo!

Sandra

Anónimo disse...
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